terça-feira, novembro 14, 2006

Minha primavera

Quando setembro findar
estarei mais cheia de flores
bordarei de perfume minha cabeceira
encherei de néctar a banheira
para esperar meus amores.

E eles virão
tão cheios de vida, sem pudores
que não caberei em mim.
Virarei borboleta colorida
pousarei dividida pelas cores,
serei rainha do néctar da primavera
Estação de alegrias e dores.

E a chuva constante
molhará minhas asas
voarei por entre os matizes
como gota divina na aquarela
Pintarei minha vida sem deslizes.

E o futuro?

Toda noite me preparo
me encho de convicção
esperando que nada mude
que eu viva pela razão.
E toda manhã, surpresa
uma nova paixão.
Te encontro renovado
E eu perdida no coração.
Sem razão vou partindo
A emoção a dominar
No futuro, a esperança
De tudo equilibrar.
Partilhar contigo os sorrisos
Mas não esquecer de chorar
Viver a vida, os amigos
Parar de ser, e estar.
E o futuro vai se definindo
Num passe de mágica a bordar
Minha colcha de retalhos presentes
Meu eterno caminhar.