sábado, agosto 25, 2007

Voando

Ando sem tempo
as palavras ao vento
capricham e vão...
correndo, correndo
voando contra!
Não tenho adendos,
não estou pronta
pra continuar.
Então me aqueço
com palavras, juntando os dedos
torcendo mesmo pra dar certo
as minhas rimas desconcertadas.
Os versos vem e vão
mais perdidos que os pensamentos...
Fico por aqui,
pra não me atrapalhar
pra não espantar
pra não voar....mais alto.

quarta-feira, julho 04, 2007

sexta-feira, junho 08, 2007

Poemetos

Nesta noite tudo posso desejar
Desejo que tudo passe sorrindo
O amor e a dor de ver passar
Minha vida sem teu sorriso.


Planto a semente para germinar a vida
Colho da vida a minha própria semente.
Se passo os dias a remexer a terra,
Como posso querer me tornar gente?

faço poesia
como quem responde à vida
entupida de tantas armas
quero mais é que os versos
matem minha sede de harmonia.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Em sonho

em sonho
dormi contigo
acordei sorrindo!
que pena
os sonhos acabam
a gente continua indo...

Meu Ribeirão

O Ribeirão sempre me pareceu
parado no tempo,
absorto.
Como a esperar o amanhã
mais colorido, até.
Era só pintar as casas
com cores novas, eu pensava...
amava com carinho a minha terra
minha, de meu pai, meu tataravô
que fugiu da guerra e
por esta terra se lançou ao mar
de tão distante, se perdeu
parou aqui, na rua estreita
na vila de pescadores
de Nossa Senhora da Lapa
Oh santa, protejei do alto do morro
os teus fiéis, infiéis também.
Ribeirão da rendeira
do terno de reis,
da dona Maroca na janela
sabendo da vida de alguém.
Ribeirão, nunca morei lá
meus sonhos sim
criam raizes naquela terra
nas areias da freguesia.
Na amendoeira da tia Ady
que cresceu antes de mim
e ainda lá está
meio torta,
já esmagada pelo progresso
pelo excesso de concreto.
Vou lá, vez por outra
levar meus filhos pra sonhar
brincar nas águas claras
ainda limpas.
Onde podem ver peixes,
pegar pampinhos e soltar
ter os pés beliscados pelo siri.
E a sorrir vamos nos virando.
Ribeirão dos encantos
dos vôos de criança
da Ilha da Magia
de meu eterno sonhar.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Sem sol meu corpo esfria
sem chuva minha grama é nada
se esquenta, a vida me confia
um desabrochar de alma lavada.

Água na boca

Foi em tua boca
noite passada
que descobri meu corpo.
Foi em teu corpo
que minha boca
arriscou desejos, suspiros.
Estavas, porém, longe...
Minha boca molhou,
atiçou tua formosura.
Mas não encontrou teus lábios,
não te trouxe pra perto
Perdeste até o tempo
- não deu água na boca -
o corpo recusou.
Fomos amigos, então
Dormimos abraçados
Dois anjos calados, colados
a procura do céu!

domingo, janeiro 14, 2007

Rabiscador

Por vezes
me acho um rabiscador
jogando no papel as emoções
Outras vezes descubro que a vida
é mesmo um construir de ações.
Como diria o poeta
nunca estará pronta minha edição convincente.
Por isso, prossigo escrevendo
contando os versos no caderno
até que um dia eu possa dizer
que minha vida é mais
que um rabisco eterno.