segunda-feira, setembro 18, 2006

Asfalto

Tórrido asfalto, escaldante
matando de sede a linda flor
Insiste em nascer na correria
no meio de nada, só amor.
Os carros vão e vêm
esmagam-na todos os dias
resite, porém, ao tempo e à insensatez
prefere o calor à indiferença fria.
A flor que no asfalto vai vivendo
ensina uma lição a cada dia
é como o amor que cresce entre os espinhos
doi demais, não há mais bela poesia.

domingo, setembro 17, 2006

Vinho

Teu corpo é como vinho
me entorpece, me fascina
deixa encorpada, curtida
Me faz querer ficar em teu ninho.
E se peco, querendo um copo a mais
logo vejo, sinto e te tomo
em meus braços, perco o sono
quero é viver nesse torpor, nessa paz.
Mas vinho se bebe aos poucos
e assim faz bem ao coração.
Teu corpo quero ter numa canção
tocada suave, baixinho, pra não ficarmos roucos.
E de gota em gota, gole em gole
vou te curtinho por inteiro
vou te banhando de meu cheiro
e enchendo nossa vida de amor.