quinta-feira, abril 13, 2006

Meus filhos

Minhas crianças falam de coisas
que nem as coisas sabem que são.
Tudo isso que vem da boca
salta primeiro do coração.
Os filhos são poetas
Na doce forma de falar
Ensinam a viver
A correr e a brincar.
Ensinam também a amar!

Falam coisas sem sentido
Para minha pequena mente escutar
E quando abrem a cachola
A sabedoria escorre da boca
Como chocolate a vazar.
É doce o que pensam
Amargo como fazem pensar
Mas na mistura da vida
Achamos sempre uma saída
Para a todos amar
Sempre com a mesma medida
Sem fazer um privilégio.
Seria um sacrilégio
Dividir o que é mistério
De dentro do peito a brotar.

Meus filhos são eles mesmos
Não têm o que tirar
Lutamos a vida toda
Apenas para acrescentar...

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