terça-feira, outubro 25, 2005

Sexto Sentido

Sexto sentido

Há sempre um sexto sentido
que nos faz repulsar
reviver sensações de outras vidas
E em outras existências
não devo ter sido tua.
Devo ter estado na lua.
Não vi quando te afastaste
Não sei quando me cheguei
Só sei que não és meu
nem mesmo quando comigo
Tens a alma em outras paragens
Sou apenas uma circunstância
Insisti para que comigo
refizeste tua existência
O céu não te preparou
para compromissos de aliança
Mas aceitaste o desafio

Meu coração anda confuso
Não sei se chora ou ri
Não sei se dói ou se liberta
E no conflito eterno
Eterno fica meu sentimento
Fico, e sempre estou,
A te esperar
Nem sempre como deveria
Nem sempre como querias
Nem sempre uma melodia
Mas para sempre, fiel
Aos meus princípios
às minhas emoções
Ao meu amor por ti.

Um dia, quando o sol
Passar para o outro lado
Talvez eu te entenda
Talvez me entendas
E, quem sabe possas
Entender a minha ligação
Contigo, sem ti,
Tua com as tuas outras metades
Tão diferentes de mim
Que te completam, que te alimentam
A alma, o corpo
E eu, querido,
Posso te dizer que estarei
Na busca por ti
Por mim mesma
Sem melancolia, sem hiatos
Sem interrogações
Estarei mais tua, mais nua
Mais eu.

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